
Numa conversa descontraída sobre o dia do
trabalhador, 1º de maio, lembrou de forma empolgada de seus amigos artesãos do
interior do município.
Contudo, neste dia, só foi
possível visitar duas delas: Altair Flor Barbosa (Taílde) e Neuza Maria Rosa, artesãs
moradoras do distrito de Itabaiana em Mucurici-ES. Estivemos com ela nesta
tarde na casa de Neuza, onde foi mostrado como é o processo de artesanato com a
fibra da Taboa (Typha domingensis) planta aquática bem comum
na nossa região.
Taílde e Neuza
No início da ocupação das terras do Extremo Norte do
Espírito Santo, onde vivemos, muitas pessoas usavam a esteira da taboa como
cama, pois além de leve e macia, é fácil de ser dobrada e carregada.
O primeiro passo é colher a fibra no brejo. Depois se
dispõe as tiras enfileiradas para “tomar 8 dias de sol e sereno”, relata dona
Neuza, depois de brincar dizendo que eu ia entrevistar era onça.
Depois de seca, as fibras são
trançadas e apenas amarradas, e podem receber verniz ou não. Assim que pronta,
a esteira já pode ser estendida e usada ou vendida.
Assim como muitos pequenos
artesãos da nossa região, o sonho das duas é poder trabalhar de forma contínua neste
ofício, e ter como comercializar e melhor divulga-los.
Esteira de taboa
Taboa tomando sol e sereno
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