ANGU DA FAMÍLIA SENA

Ficamos muito animado com o convite para o famoso Angu da família Sena, especialmente por saber que seríamos recebidos na zona rural do distrito de Itabaiana, onde seríamos recebidos pelo Sr. Amideu  Sena e sua esposa Gabriela.

Ali chegamos, Rosália, irmã do anfitrião e aniversariante nos tratou de comentar sobre uma breve história de sua família. 
Sr. José Ferreira Sena
Dona Otiva Pinheiros Sena

Segundo ela, seus pais aqui chegaram no início da década de 40, o casal Otiva Pinheiros Sena e José Ferreira Sena do vale do Jequitinhonha, em Machacalis -MG rumo à zona rural de Itabaiana, naquela época ainda pertencia à Minas, e hoje e distrito do município de Mucurici-ES.

Nesta viagem, montados a cavalo, demoravam 3 dias. Na época só tinham 5 filhos pequenos, e aqui logo trataram de fazer mais alguns. Na bagagem, trouxeram além da saudade, muitos saberes.

Aqui não existia supermercados na época, só compravam sal, o restante, desde a farinha, rapadura, feijão, arroz e o angu eram produzidos na sede da fazenda, onde foram criados e onde reside hoje Amideu Ferreira Sena.

O famoso “Angu dos Senas” é tradição e motivo para reunir a grande família espalhada neste Brasil, vem gente de toda parte provar a iguaria, que hoje foi preparada pelas filhas e noras de Dona Otiva.

O processo de fabricação do Angu está escrito abaixo:
  1. Debulhar o milho verde (1,5 saco) ;
  2. Ralar o milho com um ralador feito em casa, com chapa galvanizada furada com pregos;
  3. Matar e limpar as galinhas caipiras (8 galinhas);
  4. Cozinhar e temperar a galinha (alho, cebola, coentro seco, manjericão e pimenta do reino);
  5. Cozinhar o mingau de milho;
  6. Temperar o mingau com o próprio caldo da galinha;
Laura Francisca da Rocha Sena- Limpando a galinha.
Gabriela da Silva Mattos - Limpando o ralador caseiro.
Benilde Sena Passos- Ralando o milho.

Rosália Ferreira Sena (querida aniversariante)- Ralando o milho.

Deilde Sena Passos - Cozinhando o Angu.


O resultado, é um prato caipira saboroso, preparado com a alegria e amor da família que consegue preservar as tradições e o coração caloroso da população do interior do Norte do Espírito Santo. 





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